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13 AGO 2025

De jogos a câmeras de segurança: como o CGNAT afeta seu dia a dia online

Será que o CGNAT está sabotando sua internet sem você perceber? Descubra aqui!

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TECNOLOGIA8 MIN DE LEITURA

Será que o CGNAT está sabotando sua internet sem você perceber?

Se jogos online estão com lag inexplicável, seu sistema de câmeras não funciona remotamente ou você não consegue acessar arquivos caseiros de outro local, existem chances dessa tecnologia ser a culpada.

Essa solução das operadoras, que compartilha um único IP entre vários usuários, é ótima para navegação básica, mas vira um pesadelo para quem precisa de conexões diretas.

Porém, existem alternativas a ela e vamos explicar tudo ao longo deste artigo, em que você irá conferir:

  • o que é Carrier-Grade NAT (CGNAT) e como ele afeta seu uso diário de internet;

  • como identificar se você está usando essa tecnologia;

  • quais são as soluções para cada tipo de problema.

Prepare-se para entender de vez por que alguns serviços não funcionam como deveriam e o que fazer para resolver.

O que significa CGNAT

CGNAT, ou Carrier-Grade NAT, é uma solução usada por operadoras de internet para lidar com a falta de endereços IP disponíveis, então, em vez de cada usuário ter um IP público exclusivo, vários clientes compartilham o mesmo IP

Isso funciona como uma espécie de “condomínio de IPs”, no qual cada um tem seu espaço, mas divide o endereço principal.

Na prática, serve bem para navegar e usar redes sociais, mas traz limitações para quem precisa de conexões diretas, como abrir portas, acessar câmeras IP ou jogar online sem problemas de comunicação entre dispositivos.

Qual a diferença entre NAT e CGNAT?

O NAT comum divide um IP público em uma rede local (como sua casa), enquanto o Carrier-Grade NAT vai além, com uma operadora que compartilha um único IP público com milhares de usuários, como um "NAT em cima do NAT".

Por que as operadoras adotam essa tecnologia?

As operadoras usam CGNAT principalmente por causa do esgotamento dos endereços IPv4. 

Isso ocorre porque cada dispositivo conectado à internet precisa de um IP, mas o IPv4 só oferece cerca de 4 bilhões de endereços, e isso já não é suficiente há anos.

Neste cenário, a solução ideal seria migrar para o IPv6, que tem trilhões de endereços disponíveis. 

Mas essa transição é cara, complexa e exige que todos os equipamentos e sistemas sejam compatíveis, o que ainda não é realidade para boa parte dos usuários e empresas.

Por isso, o motivo do uso CGNAT: ele permite que várias pessoas compartilhem um único IP público, como se estivessem dividindo uma entrada para acessar a internet. 

Assim, as operadoras conseguem atender milhões de clientes sem precisar de um IP exclusivo para cada um. 

É uma forma prática e econômica de contornar a escassez de IPv4, enquanto o mundo se prepara (aos poucos) para adotar o IPv6 de forma mais ampla.

Vantagens e desvantagens para o usuário final 

O Carrier-Grade NAT tem prós e contras para quem usa a internet. Ele garante acesso estável para tarefas básicas, mas limita conexões diretas e dificulta o uso de serviços avançados. Entenda mais abaixo.

Vantagens

A principal vantagem para o usuário final é a economia de endereços IP. 

Como vários clientes compartilham o mesmo IP público, as operadoras conseguem manter a oferta de internet mesmo com a escassez de IPv4. 

Na prática, isso garante estabilidade na navegação básica: acessar sites, usar redes sociais, assistir a vídeos e enviar mensagens funciona normalmente, sem que o usuário perceba qualquer diferença.

Desvantagens

Por outro lado, as desvantagens começam a aparecer quando se precisa de conexões mais específicas

Como o IP é compartilhado, esse sistema bloqueia portas que seriam usadas para conexões diretas. 

Isso afeta quem joga online, usa câmeras de segurança, precisa acessar o computador de casa remotamente ou rodar servidores pessoais. 

Nessas situações, o usuário enfrenta lentidão, falhas de conexão ou simplesmente não consegue usar o serviço.

Além do mais, como o controle das portas é feito pela operadora, o cliente não tem liberdade para configurar sua rede como quiser

Em resumo, o Carrier-Grade NAT funciona bem para o uso comum, mas costuma ser um obstáculo para quem precisa de mais autonomia e recursos avançados na internet.

pessoa usando celular ao lado de roteador representando a rede CGNAT

Como identificar se sua internet usa CGNAT

Abaixo, apresentamos um passo a passo de como conferir se sua internet usa esse modelo. Confira!

Primeiro: encontre o IP externo do seu roteador

Esse é o IP que sua operadora atribui à sua conexão. Para achá-lo, você precisa acessar a interface de configuração do roteador

Existem dois jeitos fáceis de descobrir o endereço de acesso:

  • olhe a etiqueta no roteador: geralmente tem o IP de acesso e o login padrão;

  • use um programa como o Advanced IP Scanner: ele mostra os dispositivos conectados e o IP do roteador; procure pelo nome da marca e veja o IP na coluna correspondente.

Depois: veja o IP público

  • Agora, abra o navegador, digite o IP do roteador e entre com login/senha (geralmente admin/admin ou vem escrito no manual).

  • Procure por Status da Internet, WAN ou algo similar.

  • Anote o IP externo (pode estar como IP WAN ou Endereço Público).

Dica rápida: se o IP começar com 100.64.x.x, já é um forte indício de uso do CGNAT!

Último teste: compare com o IP do site

Acesse meuip.com.br e veja o IP que aparece. Compare com o IP do roteador:

  • se forem diferentes, sua rede está atrás de CGNAT;

  • se forem iguais, você tem um IP público direto.

Como o CGNAT afeta jogos online e câmeras IP

Ele afeta jogos online uma vez que aumenta a latência e impede que o usuário hospede servidores ou abra portas específicas.

Já em sistemas de segurança, como DVRs e NVRs, ele dificulta o acesso remoto às câmeras IP. 

E isso acontece porque o IP compartilhado bloqueia conexões diretas, algo que limita a comunicação entre dispositivos e dificulta configurações mais avançadas.

O que muda para quem precisa de IP público

Se você usa a internet só para navegar ou assistir Netflix, ele não atrapalha. Mas, para quem precisa de conexões diretas, a coisa complica.

O problema é que, no CGNAT, o IP público não é exclusivo, então não há como redirecionar portas ou receber conexões externas diretamente. 

Nesses casos, ter um IP público se torna essencial.

Esse IP pode ser:

  • dinâmico: muda de tempos em tempos, mas ainda é exclusivo enquanto está ativo;

  • fixo: permanece sempre o mesmo, ideal para quem precisa de estabilidade nas configurações;

  • dedicado: exclusivo para um cliente, sem compartilhamento, geralmente com mais recursos e desempenho.

Escolher o tipo certo depende da necessidade. 

Para acesso remoto confiável ou servidores sempre disponíveis, o IP fixo ou dedicado é a solução. Já para usos pontuais, um IP dinâmico basta.

roteador com rede CGNAT

Situações em que o CGNAT não é ideal

Ele é útil para manter todos conectados, mas não serve para todo mundo, pois em alguns casos, limita recursos importantes, o que afeta desempenho e acesso a serviços essenciais. É o caso de:

  • pequenas empresas: precisam de conexões estáveis e portas abertas para sistemas internos e externos;

  • gamers competitivos: sofrem com maior latência e dificuldade para hospedar partidas;

  • acesso remoto: inviável para câmeras IP, DVRs e servidores caseiros sem IP público;

  • serviços online próprios: como sites, bancos de dados e aplicações hospedadas localmente;

  • automação residencial avançada: falhas no controle remoto de dispositivos conectados.

Alternativas: IP fixo ou planos com IP dedicado

Para quem precisa ultrapassar as limitações do CGNAT, a melhor solução é contratar um IP fixo ou dedicado

Esses planos oferecem um endereço exclusivo, facilitando acesso remoto, jogos e servidores. 

Para solicitar, basta entrar em contato com a sua operadora e verificar a disponibilidade. 

Reforçamos que investir nesse serviço vale a pena para quem depende de conexões estáveis, configurações avançadas ou trabalha com sistemas que exigem comunicação direta e sem bloqueios.

Como a Júpiter auxilia usuários que precisam de configurações avançadas

A Júpiter oferece suporte técnico especializado para ajudar quem enfrenta limitações do CGNAT. 

Além disso, disponibilizamos planos com IP público ou dedicado, ideais para quem precisa de acesso remoto, jogos ou servidores estáveis. 

Para casos específicos, nosso time tem consultoria personalizada para orientar a melhor solução para cada necessidade. 

Assim, usuários avançados têm a chance de aproveitar a internet sem barreiras, com conexões confiáveis e configuradas exatamente para o que precisam.

Quer uma conexão sem limites? Fale com a Júpiter e descubra o plano ideal para você!

Conclusão

O CGNAT é uma solução prática para o esgotamento de IPv4, mas traz limitações importantes para quem precisa de conexões diretas

Como você viu hoje, para quem depende de conexões avançadas, ele bloqueia portas e limita acessos diretos. 

E embora seja eficiente para o uso básico da internet, ele não atende bem gamers, pequenas empresas ou quem precisa de monitoramento remoto. 

Por isso, ter um IP público (seja dinâmico, fixo ou dedicado) faz toda diferença na hora de garantir estabilidade e liberdade na conexão. 

E a Júpiter entende essas necessidades, por isso oferecemos suporte técnico especializado, além de planos com IP público ou dedicado, tudo para ajudar você a superar as limitações do CGNAT.

Quer acabar com as barreiras da sua internet?

Entre em contato com a Júpiter e escolha o plano perfeito para sua conexão avançada!

A Júpiter é a empresa referência em internet via fibra óptica, estendendo sua presença para mais de 45 municípios nos estados do Maranhão, Pará e Tocantins. Desde 1997, não paramos de crescer, conectando pessoas e impulsionando a comunicação e a conectividade em toda a região.